Brasileiro, Carioca, morador de Duque de Caxias,Estudante de Sistema da Informação e Computação Gráfica. Gosto de Sorvete de Passas ao Rum , e Kibe, amo comida baiana e participar de samba de roda . Pertenço a religião Afro-Brasileira e luto pela intolerância religiosa e racismo. Amo ser negro.Apaixonado por computador e vivo intensamente. Gosto de praia,torço para o Botafogo e meu orisá e Ogun esse sou eu Chaparral D'Ogun
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terça-feira, 27 de maio de 2014
sexta-feira, 23 de maio de 2014
Um pouco de nossas lutas.
Na
época que Mãe Simplícia, estava à frente da Casa de Òsùmàrè, Getúlio
Vargas já havia editado o Decreto-Lei 1.202, no qual ficava proibido o
embargo sobre o exercício da religião do candomblé no Brasil. A partir
da edição deste decreto-lei, cultuar os Òrìsà deixou de ser considerada
atividade criminosa. Aos Africanos e afrodescendentes ficou assegurado
o direito à liberdade de professarem sua fé.
Mas, infelizmente, não foi bem assim. A repressão e intolerância ao candomblé, em verdade havia se organizado. Para realizar as cerimônias religiosas, os terreiros precisavam pedir autorização e requerer um alvará de funcionamento na Delegacia de Jogos e Costumes, pagando taxas impostas para expedição deste documento.
O alvará de nada adiantava, não oferecia nenhum tipo de proteção, os terreiros continuaram a ser invadidos pela polícia que se tornava cada vez mais violenta. Os praticantes do candomblé continuaram a receber ordem de prisão, sofriam as mais diversas formas de intimidação, a citar como exemplo: autuados eram obrigados a carregar os seus atabaques na cabeça e caminhar até a delegacia.
Embora a Casa de Òsùmàrè já não fosse mais vítima dessas tais batidas policiais, Mãe Simplícia continuava indignada com o sofrimento dos povos de religiões de matrizes africanas, e tomou para si esta luta. E assim, começou sua jornada em defesa da liberdade religiosa.
Neste sentido, seu primeiro passo aconteceu em 1952, no inicio de sua gestão na Casa de Òsùmàrè. O carisma que lhe distinguia proporcionava manter relações influentes. Assim, tomou conhecimento que o presidente Getúlio Vargas, juntamente com o governador Régis Pacheco, o senador Assis Chateubriand, o vice-presidente Café Filho iriam inaugurar o Grande Hotel Caldas do Cipó, no sertão da Bahia. Diante desta informação, articulou-se para realizar a recepção para o presidente e sua comitiva, com o intuito de denunciar a releitura da inquisição contra o Candomblé promovido pela polícia baiana da época.
Nesta recepção, realizada aos 24 junho de 1952, Mãe Simplícia conseguiu a esperada conversa com o presidente e denunciou os horrores que os povos de religiões de matrizes africanas ainda sofriam, reivindicando, assim, os direitos de liberação dos cultos, conforme o decreto por ele sancionado.
Após este evento, Mãe Simplícia se torna referência na luta em prol da liberação dos cultos. Por diversas vezes, interferiu em batidas policiais na região e, ao tomar ciência da prisão de praticantes do candomblé, dirigia-se a delegacia atuando em defesa dos detidos, invocando proteção, segundo os termos da lei.
As autoridades policiais a respeitavam devido ao diálogo mantido com o presidente e suas constantes cartas relatando as atuações intolerantes contra os terreiros.
Mas, infelizmente, não foi bem assim. A repressão e intolerância ao candomblé, em verdade havia se organizado. Para realizar as cerimônias religiosas, os terreiros precisavam pedir autorização e requerer um alvará de funcionamento na Delegacia de Jogos e Costumes, pagando taxas impostas para expedição deste documento.
O alvará de nada adiantava, não oferecia nenhum tipo de proteção, os terreiros continuaram a ser invadidos pela polícia que se tornava cada vez mais violenta. Os praticantes do candomblé continuaram a receber ordem de prisão, sofriam as mais diversas formas de intimidação, a citar como exemplo: autuados eram obrigados a carregar os seus atabaques na cabeça e caminhar até a delegacia.
Embora a Casa de Òsùmàrè já não fosse mais vítima dessas tais batidas policiais, Mãe Simplícia continuava indignada com o sofrimento dos povos de religiões de matrizes africanas, e tomou para si esta luta. E assim, começou sua jornada em defesa da liberdade religiosa.
Neste sentido, seu primeiro passo aconteceu em 1952, no inicio de sua gestão na Casa de Òsùmàrè. O carisma que lhe distinguia proporcionava manter relações influentes. Assim, tomou conhecimento que o presidente Getúlio Vargas, juntamente com o governador Régis Pacheco, o senador Assis Chateubriand, o vice-presidente Café Filho iriam inaugurar o Grande Hotel Caldas do Cipó, no sertão da Bahia. Diante desta informação, articulou-se para realizar a recepção para o presidente e sua comitiva, com o intuito de denunciar a releitura da inquisição contra o Candomblé promovido pela polícia baiana da época.
Nesta recepção, realizada aos 24 junho de 1952, Mãe Simplícia conseguiu a esperada conversa com o presidente e denunciou os horrores que os povos de religiões de matrizes africanas ainda sofriam, reivindicando, assim, os direitos de liberação dos cultos, conforme o decreto por ele sancionado.
Após este evento, Mãe Simplícia se torna referência na luta em prol da liberação dos cultos. Por diversas vezes, interferiu em batidas policiais na região e, ao tomar ciência da prisão de praticantes do candomblé, dirigia-se a delegacia atuando em defesa dos detidos, invocando proteção, segundo os termos da lei.
As autoridades policiais a respeitavam devido ao diálogo mantido com o presidente e suas constantes cartas relatando as atuações intolerantes contra os terreiros.
terça-feira, 13 de maio de 2014
Meu aniversário
Hoje é um dia qualquer,
mas, não é um dia comum.
Hoje é meu aniversário!
Peço à Deus que a esperança continue
sendo cultivada em meu coração.
Que minha crença e fé jamais sejam abaladas.
Que meus sonhos não desvaneçam.
Que meu sorriso jamais se apague.
Que minha alma continue amando
as flores e os passarinhos a vida .
E que eu possa no ano vindouro,
parabenizar-me novamente.
Afinal, Orumilá concedeu-me mais um
ano de vida..
Que Ogun e Ode sempre esteja vivo em minha vida.
Chaparral D´Ogun.
sexta-feira, 9 de maio de 2014
Simplesmente uma mulher especial
Simplesmente uma mulher especial
Sem perceber a mulher traça seu caminho.
Caminho este que se
projeta através de suas dores e lutas, anseios e amores.
Muitas vezes
não é notada e nem valorizada. Inútil tentar decifrar essa mulher.
Esse
intenso universo de emoções, sensibilidade e força, está sempre rompendo
barreiras para conquistar o espaço em defesa do seu filho.
Quando grávida, ela carrega, dentro de si, sua vida que tira tudo
dela, deixando-a fraca e enjoada, pois, precisa de seu sangue para
construir o próprio caminho. Os primeiros meses são difíceis, noites sem
dormir, entre cólicas e manhas. Sua vaidade é ferida, acha que vai
ficar feia, gorda. O brilho de seus olhos revela preocupações. Essa
mulher que gera santos, bons e maus.
Mãe sempre defende, nunca vê defeitos, se a filha engravida, o
culpado é o filho da outra, se bebe, se mata, alguém o colocou em maus
caminhos, mas nunca assume o erro do filho. Alguns pedem sua benção,
outros dizem para onde vão, outros batem a porta com força sem dizer
quando voltam ou se voltarão. Por estes ela sofre, sente angústia, reza e
chora.
Algum tempo depois, eles voltam. Rosto fechado, objetos atirados
longe, xingam, chutam, deprimem…”Ele está nervoso”, justifica a mãe,
foi tão doentinho quando criança. Não tem sorte na vida, mas tem um
bom coração. Os irmãos e o pai não tem paciência com ele, quando está
bom é um filho maravilhoso, e assim continua a mãe sempre defendendo seu
filho, pois quer vê-lo feliz a qualquer preço.
Mãe não dorme, cochila em estado de alerta, enquanto seus filhos não
chegam. Não comem senão as sobras, ou quando vai comer algo o filho
aparece e pede. Mãe quando bate ou castiga, apanha junto, meio a meio.
Quando o filho faz uma graça, faz questão de contar para os outros, pois
o dela é sempre o mais inteligente, mais bonito, o que representa
melhor.
Observe o olhar de uma mãe quando seu filho tem uma vitória, é tão
contagiante que o seu semblante se modifica. Ameace um de seus filhos e
estará enfrentando uma leoa feroz! Agora elogie e acaricie um deles e
estará acariciando a própria mãe.
É impossível descrever o mistério materno. Mãe moça, bonita, feia,
velha, mãe santa, até o dia em que consumida no silêncio e na dor, se
vai para sempre! E este lugar, nunca será preenchido.
"Mãe não existe palavras que podemos expressar o prazer de ter vocês presente em nossas vida. Por isso o ditado e certo Mãe só muda o endereço pois todas elas são iguais." Chaparral D´Ogun
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